ARTIGO
A questão do abastecimento do Brasil colonial é demasiado complexa, e carregada de diversos fatores que determinam os resultados do jogo econômico, no qual o Brasil está inserido, como colônia de Portugal, entre os séculos XVI e XVIII. Tal questão, insere-se dentro de uma lógica importante, a da manutenção da exploração econômica na colônia, ou seja, se fazia necessário criar as condições para a reprodução da vida daqueles que nesta terra vieram para explorar e produzir. Assim, este trabalho pretende analisar as políticas da coroa portuguesa no que tange ao abastecimento de gêneros de primeira necessidade para os portugueses residentes em terras brasileiras, e também para os escravos, princinpal força de trabalho, da industria de exportação do açucar, do fumo, e da mineração. Concomitantemente, perceberemos também adaptações nas práticas alimentares, tanto de portugueses, quanto de indíos e africanos escravizados.
O projeto político português aplicado sobre as terras brasileiras, no período colonial, é uma das chaves para elucidar um pouco este quebra-cabeça que é o abastecimento no Brasil. Tal projeto, traz duas características marcantes. A primeira diz respeito a economia, onde fica claro o carater da colonização, sendo ela exploratória, a intenção é produzir riquezas no Brasil, ou melhor, exportar e gerar riquezas para a metropole portuguesa através da exploração da monocultura de açucar, a priori, afinal, ao longo do período colonial veremos o aparecimentos de novos produtos (fumo, ouro, diamantes, etc) para exportação alvos da da atenção da metrópole. A segunda característica deste projeto é a formação de estruturas de poder na colônia, como ve-se através das hierarquias sociais, das câmaras e outros. Estas são ferramentas que o governo português se utiliza para viabilizar a exploração das terras do Brasil.
... um dos fundamentos da colonização portuguesa no Brasil foi a estruturação de