Artigo
Versa o presente trabalho, apresentar um resumo do artigo “Grupos – a perspectiva psicanalítica”. Neste artigo Lazsio trabalha com uma série de passos, para construir um modelo conceitual que permite descrever os grupos como objeto próprio de investigação, diferente e ao mesmo tempo atravessado pelas representações do individuo, tomando como base autores da Psicanálise e da Grupo-análise.
Resumo: Grupos – a perspectiva psicanalítica
Lazsio começa afirmando que o trabalho sobre grupos se inicia com uma necessária ruptura: é preciso dissolver o indivíduo, se quisermos perceber o que está além do indivíduo. Para a construção teórica do objeto Grupo, é preciso iniciar uma operação de desconstrução daquilo que parece formar os grupos, ou seja, é preciso questionar o individuo como unidade da realidade grupo. O olhar do senso comum vê o mundo, e reconhece nele objetos e pessoas. É o grupo o verdadeiro sujeito da realidade humana. O individuo é apenas uma criação sua. É no grupo e para o grupo, que o indivíduo se torna o que é. O autor recorre a um magnífico texto de Freud de 1917, para iniciar a desconstrução da idéia do indivíduo, enquanto unidade última e indissolúvel, Freud chamou a atenção para as barreiras narcísicas no progresso de nosso auto-conhecimento. Também, caracterizou como uma dificuldade intrínseca da psicanálise a sua própria descoberta fundamental: O inconsciente. Temos, como indivíduos e membros da humanidade, uma determinada representação do que é ser um ser humano. Um ser acima de todos os demais, potente e naturalmente voltado para o domínio do mundo. Porém, exatamente de uma de suas armas mais poderosas, a Ciência, emergiram três fortes ataques a essa suposta superioridade. A quem Freud denominou de feridas narcísicas. Este vasto conjunto de conhecimentos e técnicas que denominamos Ciência causou três grandes transformações no narcisismo humano: a primeira foi causada por Copérnio, ao elaborar a teoria