Artigo – O encontro das partes
Foram necessários anos de discussão e negociação entre os interessados para definição de escopo e diretrizes para a norma tais como: conceito de RS a serem adotados, os princípios e valores aplicáveis, as partes interessadas que devem ser engajadas, dentre outros.
A definição da não certificação para a ISO de RS foi bastante discutida entre os envolvidos. Por um lado, a certificação poderia possibilitar que as companhias dessem por cumprida a sua parcela de RS e usassem este instrumento como escudo e também introduziria um complicador de ordem política no comércio internacional. Por outro lado, as auditorias de certificação possibilitam a comprovação das práticas junto às empresas e ajudam as mesmas a se manterem dentro dos padrões estabelecidos.
Outro ponto fundamental da norma seria funcionar como um instrumento que integrasse todos os padrões existentes. O grande número de padrões que existem hoje pode dificultar a compreensão das companhias em como todos eles se encaixam, assim, este problema seria solucionado com a 26000.
Além disso, ainda é precária a participação de alguns stakeholders nas reuniões de discussão na norma, principalmente as ONG’s e sindicatos que não possuem recurso financeiro suficiente para o devido engajamento o que deixa a percepção de que a nova ISO seria um discurso meramente corporativo.
Portanto, é claro que o sucesso da ISO 26000 está intimamente ligado ao seu processo de construção. Deve haver o envolvimento profundo de todos os stakeholders e levar em consideração os padrões existentes, integrando-os de