Artigo sobre o filme lolita
De acordo com o que estudamos, a concepção de infância foi mudando de século em século, de década em década. Hoje, houve uma mudança considerável, pois a criança tem direitos, deveres e é assistida pela família, pela sociedade e pelo Estado, o que lhe assegura a proteção de ser criança e passar pela infância sem sofrer agressão ou mesmo qualquer tipo de insegurança. No entanto, o filme Lolita apresenta uma infância regada de situações em que uma criança não deveria estar envolvida, a sensualidade, o amadurecimento precoce e a exploração sexual.
O filme Lolita dirigido por Adrien Lyne reflete a concepção da infância a partir da história de uma garota que aparentemente demonstra atitudes infantis, porém no decorrer da trama, nota-se que a menina passa a ser protagonista do que podemos ver todos os dias nos meios de comunicação, nas famílias e nas comunidades onde crianças são molestadas ou prostituídas por seus familiares ou por estranhos, aliciadas para o mundo da prostituição ou para o mundo do crime em troca de conforto. Na verdade, o filme também aponta a realidade em que muitas crianças são forçadas a viver uma infância marcada pelo amadurecimento precoce, onde são obrigadas a realizar serviços domésticos, ao invés de estar brincando ou estudando, a conviver indiscriminadamente com estranhos dentro de sua casa, aparentemente correndo vários riscos. Pode-se observar que a infância é caracterizada principalmente pela sensualidade apresentada logo na primeira cena do filme. O que fica bem claro é que a infância é totalmente envolvida em questões perversas e obscenas indiferentes a sua idade. A sensualidade é o principal alvo, já que ela é despertada para a sexualidade logo no início da adolescência, final da infância por se tratar de uma garota de 12 anos, tendo contato com outros homens ou mulheres, além do próprio incentivo do professor protagonista do filme, muito embora indiretamente,