Artigo - sobre a verdade e relativismos
Faculdade de Filosofia e Ciências – FFC/Campus de Marília
Curso: Filosofia
Disciplina: Filosofia Contemporânea II (2º Sem./2009)
Profª : Drª Maria Eunice Quilici Gonzales
Sobre verdade e relativismos
Autores*: Carlos Roberto Waideman Cláudio Travassos Delicato Willian Mendes Martins
(*alunos do 4º ano de Filosofia - FFC – UNESP)
Resumo: Uma rápida consulta a qualquer dicionário de Filosofia mostra que “verdade” é um daqueles conceitos que transita entre a simplicidade e a complexidade há muito tempo e sobre o qual já se falou e escreveu bastante. Genealogias diversas já foram feitas e várias teorias pretenderam e pretendem explicar a natureza da verdade. Neste artigo, trataremos o debate realizado entre Richard Rorty e Pascal Engel sobre a noção de “verdade” como uma ótima oportunidade para sairmos da zona de conforto que habitualmente abriga nossas idiossincrasias e, a partir da discussão sobre a noção de verdade desenvolvida, discorrermos um pouco sobre “relativismos” e algumas implicações.
Palavras chave: Rorty; Engel; verdade; relativismo cultural.
A leitura de “Para que serve a verdade”, publicação de um debate entre o filósofo norte-americano Richard Rorty (1931-2007) e o francês Pascal Engel (1954-) sobre a noção de verdade e seus desdobramentos, ocorrido em novembro de 2002, na Sorbonne, produz um efeito quase imediato de causar um estranhamento muito saudável frente a uma palavra que desde crianças ouvimos e falamos muito, de forma naturalizada e quase sempre conceitualmente inconseqüente. Em um dicionário escolar qualquer, o verbete “verdade” está assim definido: “[Do lat. veritate.] S.f. 1. Conformidade com o real; exatidão, realidade: a verdade do ocorrido. 2. Franqueza, sinceridade. 3. Coisa verdadeira ou certa: A verdade foi escamoteada por todos. 4. Princípio certo: