Artigo revista época
Publicada em 22/08/2010 pela Revista Época. Autor: Thiago Cid
Das tarefas em equipe à autonomia, da flexibilidade ao padrão de comportamento, como será o emprego da próxima década
A tecnologia é a principal responsável por mudanças no mundo do trabalho. Mas quem espera que o avanço tecnológico nos livre de suar, como sugerem algumas obras de ficção científica, vai se decepcionar. Não que a tecnologia vá estacionar. Ao contrário. Só que a revolução que se espera - a comunicação instantânea e colaborativa à frente - deverá aumentar, e não diminuir, as responsabilidades.
Essa é uma das tendências do futuro do trabalho, segundo os relatórios de grandes consultorias e a avaliação de gente que lida com o mundo dos recursos humanos, consultados por ÉPOCA. Há outras: a flexibilização do horário de trabalho, por exemplo. Porém, ela virá acompanhada de desafios tão instigantes que o tempo livre total poderá diminuir, em vez de aumentar. Uma terceira: as empresas lançarão desafios para qualquer pessoa, e as melhores respostas ganharão prêmios ou um contrato para realizar a idéia.
Todas essas tendências já são notadas, em pequena escala, no mundo de hoje. Algumas já são anunciadas há mais de uma década - caso da flexibilidade dos contratos de trabalho, que, no entanto esbarra na legislação brasileira. Entendê-las é crucial para quem quiser estar preparado para o mercado de trabalho da próxima década.
O trabalhador dos próximos anos será ainda mais exigido, tanto do ponto de vista técnico como em comportamento profissional e na vida privada. Num país mais rico, de mercado mais maduro, haverá um prêmio para o conhecimento. Essa tendência ganha corpo há décadas e deverá se fortalecer. Paralelamente, os trabalhos serão feitos coletivamente. Saber trabalhar em equipe (liderar ou discordar construtivamente) será um imperativo.
A seguir, as oito principais tendências do mercado de trabalho.
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