Análise Beslan
O artigo em questão faz uma análise quantitativa e qualitativa entre as reportagens publicadas pelas revistas “Veja”, “Época”, “Isto É” (nacionais), “Sábado”, “Focus” e “Visão” (portuguesas) sobre o ataque terrorista à escola de Beslam (Rússia) por um grupo islâmico de árabes chechenos ligados a Al-Qaeda, que resultou em centenas de mortos, inclusive crianças; o que aumentou o valor-notícia, dando ao fato uma grande repercussão na imprensa internacional.
A análise quantitativa do discurso mostra que o comportamento das revistas “Veja”, “Focus” e “Visão” conferem maior destaque ao fato (tanto no espaço dedicado em capa, na maior cobertura foto jornalística, e no maior espaço de texto), mais pela certa semelhança editorial do que pela própria nacionalidade. Veiculando assim, mensagens similares aos seus leitores de que aquele fato seria o assunto mais importante da atualidade. Enquanto as demais revistas em análise desvalorizaram o atentado, também por questões de linha editorial, já que para o seu nicho mercadológico matérias que exploram o lato otimista da vida vendem mais.
Quanto ao espaço dedicado ao corpo do texto, pode-se dizer que as publicações portuguesas dedicaram mais espaço que as brasileiras (com exceção da revista “Veja”), tanto por questões de proximidade geográfica, quanto por europeus serem mais afetados por terroristas que brasileiros.
Em relação ao foco informativo (o que e como ocorreu o fato?), todas as revistas apresentaram semelhanças. Em todas as revistas (com exceção da Época, que só fala do que e como aconteceu) foi explorado o “por quê?” do fato. A revista “Visão” (uma das que fragmentaram o tema) aproveitou para explorar o tema de censura jornalística imposta pelo governo russo. Já na revista “Época”, a condenação foi atenuada pelas