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REGÊNCIA VERBAL
LETÍCIA REGINA PINTO RODRIGUES FERNANDES
EDILENE GAVENDA
REALEZA, JUNHO DE 2015
Introdução
Notamos que nos últimos anos o fenômeno da regência verbal vem se modificando devido à necessidade dos falantes em adaptar os verbos para suas realidades, as mais diversas formas nos dão os mais diversos sentidos. Aqui já nos apoiamos em Pereira (2014) quando ele diz que “[…] os estudos sociolinguísticos confirmam que as regências verbais tendem a passar por variações ao longo do tempo, porque os usuários da língua passam a utilizar os verbos atribuindo a eles novas interpretações e significados.”
Em nossa investigação, partimos do princípio que o ponto de partida de qualquer estrutura gramatical necessita de um eixo principal. No caso das relações de regência, o eixo principal, é o verbo e, por isso, consideramos necessário mostrar o que é o verbo e como ele atua perante esse fenômeno.
No entanto, deixamos claro que este trabalho é para averiguar como a regência verbal está exposta e como ela deveria ser trabalhada em sala de aula dentro da concepção de linguagem como forma de interação, já que, a realização e variação da língua neste caso efetiva-se na interação.
Assim, para um melhor desenvolvimento e entendimento de nossa proposta, pretendemos investir, primeiramente, numa definição eficaz e prática do que é o verbo e posteriormente as relações de regência verbal.
Fundamentação Teórica
A base teórica que assumimos concentra-se nas abordagens de Bagno (2011) que nos revela a alteração que o verbo sofre ao reger sobre seus objetos no processo de transitividade, que alguns verbos ao decorrer dos anos e devido a evolução e modificação da fala diante da interação dos falantes, podem perder (e perderam) suas preposições passando a ser objeto direto, isso devido a que os falantes tiveram a necessidade de dar novos significados a alguns verbos atribuindo-lhes