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CONCRETO COM BAGAÇO DA CANA DE AÇÚCAR: ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DE RESISTENCIA A COMPRESSÃO
Palavras-chave: Concreto, bagaço da cana, compressão.
Introdução
Em conseqüência à busca do desenvolvimento sustentável, iniciou-se uma série de estudos para dominar as propriedades de materiais alternativos, resíduos, que possam reduzir a extração e o descarte de materiais que ainda podem ser aproveitados. A cana-de-açúcar chegou ao Brasil no século XVI através dos portugueses, transformada em açúcar e álcool, séculos depois, a cana de açúcar está entre os principais produtos agrícolas cultivados no Brasil. Somente no século XX, agroindústria canavieira descobriu no álcool uma opção energética viável.
De todos os resíduos da unidade industrial sucroalcooleira, o bagaço é um dos mais atrativos por causa de seu poder calorífico, o que faz dele a principal fonte energética do processo produtivo da fabricação do açúcar e do álcool (SOUZA et al., 2007).
Apesar de o Brasil ser o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, o bagaço da cana é, ainda, um resíduo de baixa exploração. Segundo Santana e Teixeira (1993), o bagaço in natura é composto, aproximadamente, por 44,5% de fibras lignocelulósicas, 50% de umidade, 2,5% de sólidos solúveis em água e 3% de teor de cinza.

Segundo Silva et al., (2007) o bagaço de cana tem sido produzido cada vez em quantidades maiores devido ao aumento da área plantada e da industrialização da cana de açúcar, decorrentes principalmente de investimentos públicos e privados na produção alcooleira. A melhoria do balanço energético das antigas usinas e a entrada de atividade de um número cada vez maior de destilarias autônomas aumentou a porcentagem de sobras, consideravelmente. O bagaço de cana, o resíduo agroindustrial obtido em maior quantidade no Brasil. Estima-se que a cada ano sejam produzidos de 5 a 12 milhões de toneladas desse material, correspondendo a cerca de 30% do total da cana moída.

BILBA et al. (2003) observaram que os