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Artigo: Desastre do Planejamento; A tragédia expõe os vícios de um modelo baseado, vale-tudo urbano
Autor: Luiz Cesar de Queiroz a Revista Capital.
Resumo:
Quando foi o ultimo desastre?Angra dos Reis? Santa Catarina?Morro do Bambu? Já perdemos as referencias diante de tantos incidentes climáticos que assolam o País. O mais recente, na região serrana do Rio de Janeiro. Este ultimo desfez a visão preconceituosa de que são apenas os pobres e as moradias irregulares os atingidos por esse fenômeno.Condomínios de classe média alta desaparecem sob o mar de lama, pedras e detritos.
A autoridade publica explicou que essa tragédia aconteceu, por causa de eventos climáticos incomuns, fora dos padrões previstos. Atribuiu à culpa à suposta irracionalidade da população, que aceitam morar em áreas de risco. Desta vez, o governo federal chamou pra si a responsabilidade, de tomar iniciativa quanto às ações preventivas. Em seguida a Presidência da republica anunciou a criação do Sistema Nacional de Prevenção e alerta de Desastre Naturais. A previsão de esse sistema entrar em funcionamento é de 4 anos.
A raiz do problema está na precariedade das cidades. Não é novidade que o espaço urbano foi e continua a ser apropriado a margem da regulação publica, dos planos diretores, das leis e uso e ocupação do solo. Impera um verdadeiro Lesses- Feire reproduzidos não apenas nas áreas pobres, mas também naquelas habitações por setores de alta renda.A explicação para a fatalidade das catástofres que assolam as nossas improvisadas cidades é padrão catastrófico de gestão urbana. A reconhecida fragilidade institucional dos nossos prefeitos resulta na existência de mecanismos de gestão fundada no universalismo de procedimentos. Tornou-se necessária a construção de uma burocracia técnica, para exercer o importantante papel da racionalização política, capaz de se impor como mediadora no jogo dos interesses particulares. COMENTÁRIOS PESSOAIS:
Esta trajetória me deixa muito triste e