Artigo Econométrico do Preço do Feijão pago aos Produtores Brasileiros
Fabricio C. de Oliveira2
1. INTRODUÇÃO
O feijão está entre os alimentos mais antigos existentes, remontando aos primeiros registros da história da humanidade. Sua cultura esta presente na dieta humana dos países em desenvolvimento das regiões tropicais e subtropicais e é de grande importância no cenário nacional, pois é um alimento tradicional e muito consumido pelos brasileiros, é também um dos principais componentes da dieta alimentar brasileira. Sete em cada dez brasileiros consomem feijão diariamente. O grão, típico da culinária do país, é fonte de proteína vegetal, vitaminas do complexo B e sais minerais, ferro, cálcio e fósforo. Sabe-se que o consumo de feijão varia conforme a região, local de moradia e condição financeira do consumidor, com o tipo e cor de grãos entre outros aspectos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o consumo alimentar de feijão da população brasileira combina a tradicional dieta à base de arroz e feijão com alimentos com poucos nutrientes e muitas calorias. Conforme estimativa IBGE/2012 e Conab/safra 2011/12 o consumo alimentar médio de feijão per capita é 14,94 kg/hab/ano, embora em algumas regiões este consumo chegue a uma média de 19 kg/hab/ano
Vários fatores emergentes podem incentivar o consumo interno de feijão: a) os problemas sanitários atuais com os produtos de origem animal e a utilização do feijão como substituto protéico; b) importância dessa fonte de proteína para a população mais pobre; c) as características de efeito medicinal, protetor e terapêutico de doenças coronarianas e oncológicas apresentadas pelo feijão decorrentes do baixo teor de gordura e alto teor de fibras.
Atualmente, o Brasil é um dos maiores produtores mundiais de feijão com produção média anual de 3,5 milhões de toneladas. Na safra 2011/12, os quatro maiores produtores dessa leguminosa foram o Paraná com 677,9 mil toneladas, Minas