Artigo De Ecstasy
ARTIGO
Revisão Toxicológica e Tratamento da Intoxicação pelo Êxtase
Larissa M. Veloso de Souza*
Lissa Hoshi*
Louise F. Lima*
Mila M. Santiago*
Marcelo Pinheiro R. Alves*
Leonardo O. Mendonça*
Marcelo Peixoto*
Túlio C. A. Alves**
Milena Pereira Pondé***
RESUMO
O êxtase, cujo princípio ativo é a substância 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA), é uma droga que causa uma série de efeitos adversos ao organismo, que podem ser classificados de acordo com o tempo e dose utilizados, ou com o mecanismo de ação e o sistema afetado. Essa droga atua sobre o sistema nervoso central, aumentando a secreção de serotonina, dopamina e noradrenalina em neurônios pré-sinápticos, além de impedir a destruição desses neurotransmissores pela enzima monoaminoxidase (MAO). O aumento da síntese de dopamina promove ativação dos centros de prazer dependentes de dopamina no cérebro. Entre os efeitos tóxicos mais freqüentes da droga estão a dificuldade de concentração, a depressão, a insônia, os ataques de pânico, a psicose, a hipertermia e a rabdomiólise. Tais sintomas precisam ser tratados rapidamente. O presente artigo objetiva mostrar os principais efeitos tóxicos do êxtase e o seu tratamento, bem como alertar sobre os diversos efeitos indesejáveis advindos do seu uso crônico e agudo.
Unitermos: Êxtase, efeitos tóxicos, revisão de literatura.
Introdução
O êxtase (ecstasy) é uma droga que foi desenhada em laboratório, tendo como princípio ativo a substância 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA).
Foi sintetizado em 19141 pelo laboratório Merck da
Alemanha como um moderador de apetite, mas nunca foi comercializado1. Na década de 1970 e 1980, o
MDMA foi preconizado como adjuvante na psicoterapia, porque agiria na percepção de memórias inconscientes1,2,8,10. Em 1985 foi classificado pelo
DEA (Drug Enforcement Administration) como droga nível 1 (alto potencial de abuso e sem uso médico atualmente aceito) e teve seu uso clínico proibido seguindo a orientação da OMS (Organização Mundial
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