ARTIGO 1 C
Autoria: Ana Rita Facchini, Luiz Paulo Bignetti
Resumo
As constantes mudanças ambientais e o acirramento da competição em escala global têm forçado as empresas a estabelecer políticas e práticas inovadoras para a manutenção de um corpo funcional de elevada capacitação e de alto desempenho. O presente artigo procura analisar o papel estratégico desempenhado pela área de recursos humanos e descrever as novas práticas que têm sido implementadas pelas empresas. Baseando-se em entrevistas com executivos de seis grandes empresas industriais, procura-se detalhar essas práticas e analisar os indicadores de desempenho que retratam sua eficácia. Os resultados indicam que as empresas estão de fato determinadas a introduzir novas formas de valorização do ser humano e devotam especial atenção ao desenvolvimento de lideranças e à preparação de gestores e colaboradores para a mudança. Carecem, no entanto, de instrumentos de medida que indiquem o alcance das novas práticas. O artigo discute, ainda, o perfil ideal do executivo de recursos humanos como estrategista e como agente essencial das transformações organizacionais. 1 Introdução
As mudanças sociais, econômicas, tecnológicas e políticas que estão ocorrendo mundialmente apresentam reflexos sobre as organizações. A velocidade como essas mudanças acontecem exige rápida e ágil adaptação aos novos cenários, para que as empresas mantenham sua competitividade em mercados cada vez mais exigentes.
Neste sentido, a gestão de recursos humanos assume papel central e estratégico no desempenho das empresas. A manutenção de um padrão elevado de desempenho exige flexibilidade, inovação e agilidade, características necessárias para a manutenção da vantagem competitiva, e que decorrem basicamente dos recursos e das capacidades internas de cada organização. Como é a área de recursos humanos a responsável pelo desenvolvimento de uma força de trabalho capaz e comprometida,