Arte
Com uma tradição transmitida há várias gerações, desde a senhora Joana Pacheco, por volta de 1910; em seguida Francisca Conduru, nos anos 20 e, posteriormente, Geracina Alsina do Nascimento, nos anos 40 do século passado, a chama se mantém acesa com Josefa Odete de Melo (dona Finha), 88 anos, com presença marcante nos festejos juninos.
Dona Finha
Desde o seu surgimento, até alguns anos atrás, o grupo se reunia na casa da matriarca ao som de um trio de sanfona e, muitas vezes, com a presença do violeiro José Antão. Por volta da meia-noite saía, em cortejo, pelas ruas de Touros conduzindo a bandeira do santo louvado; em seguida ia para o banho no rio Maceió, que banha a cidade, e o retorno à casa sede.
Grupo com a matriarca Dona Finha
Atualmente o grupo permite a participação masculina, como uma forma de apoio na compra das comidas e bebidas, já que o dinheiro arrecadado entre os participantes, apoiadores e comerciantes, não é suficiente para o pagamento dos músicos e a realização da festa, sem contar a indiferença do poder público para com a manifestação cultural.
Segundo o folclorista Deífilo Gurgel, em seu livro Danças Folclóricas do Rio Grande do Norte, publicado pela editora da UFRN, em 1981, “A dança das Bandeirinhas só existe na cidade de Touros. Dança sincrética, na qual o profano e o religioso coexistem nos números coreográficos apresentados...”.
Deífilo Gurgel - Foto: sergiovilar.blogspot.com
De acordo com dona Finha, Geracina, ao passar a responsabilidade das Bandeirinhas para ela, confidenciou-lhe: “Essa Bandeirinha vai ficar com você, minha comadre, até