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2758 palavras 12 páginas
ANTHESIS: Revista de Letras e Educação da Amazônia Sul-Ocidental, ano 01, 2012, nº 02

CRÍTICA TEXTUAL E EDIÇÃO DE TEXTOS NA BAHIA
José Pereira da Silva
RESUMO
Apesar de ser uma atividade acadêmica pouco valorizada ou reconhecida, inclusive no meio acadêmico, a crítica textual tem uma importância ímpar entre as diversas tarefas de quem valoriza e quer preservar a cultura de seu povo. Sabe-se que a transmissão do conjunto de ideias de um livro ou de um conjunto importante de documentos, com certeza não se retransmite sem ruídos e interferências durante muito tempo. Cabe ao filólogo e ao crítico textual a tarefa de reconstituir a autenticidade e a autoridade do texto, para que a cultura e a memória do povo sejam preservadas para as novas gerações. Isto porque a divulgação de um texto deturpado pode mudar o rumo da história e criar preconceitos dificilmente desfeitos posteriormente. Dependendo do destinatário, o editor crítico escolhe o tipo de edição mais adequada, desde a edição atualizada à edição interpretativa, à edição crítica e à genética ou crítico-genética, sem contar que estas podem ter vários níveis, desde a mais conservadora e ortodoxa à mais atual e moderada. Hoje, a prioridade brasileira parece ser para as edições de textos não literários, apesar de ser bem grande também a produção da crítica textual relativa aos textos literários, porque há apenas dois séculos que a imprensa foi legalizada entre nós. Ciente de que se começa a reconhecer nossa produção cultural, estamos lançando, neste ano, a Coleção Crítica Textual, que tem, desde a sua criação, a maciça contribuição dos laboriosos e excelentes filólogos baianos. Uma relação bastante detalhada da produção em crítica textual será disponibilizada aos interessados a partir dessa comunicação, com a ampliação do livreto Para uma
Bibliografia Brasileira de Crítica Textual, preparado em 2007 e livremente disponibilizado na Internet. Trata-se de mais um volume da Coleção Crítica Textual, a

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