Arte e educação
A história do ensino da Arte no Brasil e como ela se fez disciplina escolar têm uma trajetória singular. Investigando-se esta história compreende-se que a disciplina de Arte sempre esteve presente em diferentes momentos e instituições de ensino, desde a colonização deste país.
O desenvolvimento histórico da Arte na educação escolar brasileira sofreu influência de muitas correntes sociais e culturais, originando e fundamentando distintas concepções e metodologias de ensino na Arte.
No século XIX a educação brasileira se preocupou exclusivamente com o ensino superior antes mesmo se organizar o nosso ensino primário e secundário. Na realidade a importância e a prioridade aplicada ao ensino superior tiveram como objetivo durante o reinado a necessidade de construir uma elite capaz de defender a colônia dos invasores e também a necessidade de uma elite que governasse o país, foi onde norteou o pensamento brasileiro surgindo às primeiras instituições de ensino superior no Brasil que foram as faculdades de Direito, os cursos médicos e a Academia Imperial de Belas-Artes no Rio de Janeiro.
A primeira faculdade de arte no Brasil foi a Academia Imperial de Belas-Artes, criada pelo Decreto-Lei datado de 1816, e que só começaria a funcionar em 1826. Em março de 1816, chegaram ao Rio de Janeiro Joaquim Lebreton (1760-1819), Jea-Baptiste Debret (1768-1848), Nicolas Antoine Taunay (1755-1830), dentre outros artistas, com o objetivo de fundar e pôr em funcionamento a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, instituição assim designada pelo decreto de 12 de agosto de 1816, mas que teve seu nome mudado para Academia Real de Desenho, Pintura, Escultura e Arquitetura Civil, pelo decreto de 12 de outubro de 1820. Mudou para Academia de Artes um mês depois; em 1826, passou a chamar-se Academia Imperial de Belas-Artes e, depois da proclamação da República (1889), Escola Nacional de Belas-Artes. Os organizadores da