Arte e educação
O ensino de arte nas escolas brasileiras passou a ser obrigatório a partir da Lei Federal nº 5692, a “Diretrizes e Bases da Educação”, que, segundo descreve a autora, profissionalizou a educação a partir da sétima série, numa perspectiva de preparar mão de obra para atender as demandas de industrialização do país por ocasião da ditadura militar (1964-1983). Seguindo esse viés de educação tecnicista, o ensino de artes se resumia em exercícios de desenho geométrico, que serviriam profissionalmente.
Nessa época não existia nenhum tipo de graduação para formar arte-educadores, era encontrado apenas algumas iniciativas isoladas como é o exemplo do “Movimento Escolinhas de Arte”, que BARBOSA (1989) cita como sendo uma das únicas formas de formação do que seriam os arte-educadores da época, porém sem formação de licenciatura. Posteriormente, em 1973, foram criados os primeiros cursos superiores em licenciatura em artes, tendo duração de dois anos, o que Barbosa chama de: “absurdo epistemológico”, já que tal período é irrisório para a formação de jovens em arte-educadores.
A partir dessa falta de atenção com o ensino de arte, constatou inúmeras distorções quanto aos fundamentos e aplicabilidade dos conhecimentos em arte, os então professores da educação artística adquiriram uma prática que corrompeu o real sentido de se ensinar tal disciplina.
De acordo com Barbosa (1989) ensinava-se apenas a liberação da criatividade espontânea, advinda do senso comum e reflexo do desejo de livre expressão de uma cultura que havia sofrido com as repressões ditatoriais, todavia ignorando com conceitos de teorização da criatividade e educação estética, por exemplo. O que se via nas aulas de educação artísticas na maioria das escolas públicas e privadas, eram atividades banais sem nem mesmo critérios para avaliação.
Barbosa cita o Artº 206, parágrafo II, entre outros, da