Arte na Ditadura
Artistas como Caetano Veloso, Chico Buarque (Julinho da Adelaide), Glauber Rocha, José Ribamar (Ferreira Gullar) entre diversos, fizeram uso de todos os meios de expressão cultural artístico para criticar a ditadura.
Por parte de música, houve a Tropicália que se caracterizou no duplo propósito de se posicionar criticamente à Ditadura e de pensar a formação de uma identidade nacional. Compositores e cantores como Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil. Os festivais de música se mostravam com um espaço formidável de expressão artística e política, tornando-os um alivio da repressão governamental.
Pelo teatro, principalmente, houve A Contracultura que pregava uma ação social e política de oposição à violência e aos valores da sociedade e defendia a liberdade sexual e a vida em comunidades. A postura mais radical da contracultura influenciou a vertente roqueira nacional, representada pela Rita Lee e pelo maluco beleza Raul Seixas. E o grupo teatral Grupo Opinião.
Pelo cinema, houve o segundo período do Cinema Novo que procurava contrapor novas idéias aos valores estéticos de uma cultura cinematográfica dominada por interesses industriais. Críticavam radicalmente a realidade política e cultural do País durante os primeiros anos do regime militar. Nesse período, o Cinema Novo se aproximou da proposta do Tropicalismo, que criticava o nacionalismo ufanista e a aversão radical aos elementos da cultura estrangeira. Seu filme “Terra em transe” foi uma referência fundamental para o movimento tropicalista. O impacto desse filme sobre Caetano Veloso determinou um novo impulso criativo em sua carreira e serviu-lhe de inspiração para compor a canção “Tropicália”. Glauber Rocha foi o cineasta destacado no movimento.
Mesmo com a censura, o Brasil não foi