Arte na ditadura militar
ESCOLA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES E HUMANIDADES
HISTÓRIA
NATALIA ALVES COUTO
A ARTE COMO VEÍCULO DE SUBVERSÃO E LIBERDADE DE EXPRESSÃO DURANTE A DITADURA MILITAR NO BRASIL
GOIÂNIA 2015
A ARTE COMO VEÍCULO DE SUBVERSÃO E LIBERDADE DE EXPRESSÃO DURANTE A DITADURA MILITAR NO BRASIL
Natalia Alves COUTO (G/PUC)
Edna Silva FARIA (G/PUC)
A ditadura militar no Brasil durou 21 anos, de 1964 a 1985, quando por meio de um golpe de estado, as forças do Exército, Marinha e Aeronáutica se apoderaram do governo do país. Essa época foi marcada por repressões e censura, com as forças militares brasileiras ocupando os mais altos cargos de domínio público e estatal, era comum (mesmo que seja uma prática abominável) presenciar a punição exacerbada dos ditos subversivos ao regime governamental, essa prática acabou se tornando cada vez mais comum e justificável através da Constituição de 1967, onde era permitido por lei que, fossem aplicadas sanções a quem se pronunciasse oposição ao governo. A censura militar era tamanha que, para controlar o que seria publicado, haviam duas formas de checagem: a primeira, era, os agentes do estado controlavam anteriormente o que poderia ou não vir a público e a segunda, enviar para a Divisão de Censura do Departamento de Polícia Federal (DF) o que haveria de ser publicado, para que assim passasse ou não pela autorização. Nesse contexto de boicote à liberdade de expressão, destacam-se artistas que, com suas músicas, fotografias, textos, desenhos etc. Mostram de forma velada a realidade do país. Artistas como Chico Buarque, Geraldo Vandré, Elis Regina, Caetano Veloso, Gilberto Gil (músicos), Ziraldo, Tarso de Castro, Henfil e Marcela Godoy (escritores, cartunistas e cronistas) viram no regime o auge da censura com a morte do jornalista Vladimir Herzog, que foi brutalmente torturado e assassinado nas dependências de um DOI-CODI em São Paulo, pois era militante do Partido Comunista