Arte Interativa
Pensar em arte interativa dentro do contexto das Novas Tecnologias da Comunicação, como uma nova categoria de arte, pois vivemos em uma era totalmente tecnólogica, e isto requer um mergulho na história recente, à vista da expansão das noções de arte, de criação e também de estética. Além disso, no decorrer deste século, verifica-se um deslocamento das funções instauradoras (a poética do artista) para as funções da sensibilidade receptora, o que produz no meio artístico uma grande confusão conceitual caracterizada, ainda, pela mistura e hibridação de gêneros, poéticas e atitudes artísticas. Por outro lado, a compreensão dos novos meios costuma-se fazer apartir de metáforas e conceitos de tecnologias anteriores. No caso das NTC, expressões de origem náutica como navegar, piratear, redes, imergir, cibernauta etc., são utilizadas enquanto não aparecem outras. Mas a inversa resulta gratuita e expressões como "interatividade", "interação", "tempo real", "virtual", etc., quando utilizadas metaforicamente, no campo da arte em geral, projetam conceitos fora de contexto e criam efeitos sem causa.
O espectador que faz a obra" e, "a arte nada tem a ver com democracia", o que indica uma preocupação com a recepção.
Na arte visual, a afirmação segundo a qual a obra de arte não é criada a partir da visão do artista, mas a partir de outras obras, já permite perceber o fenômeno da intervisualidade como processo de construção, de reprodução ou de transformação de modelos.
Na teoria da Obra Aberta, o autor define a arte como "uma mensagem fundamentalmente ambígua, uma pluralidade de significados em um só significante". Este conceito de obra de arte inaugura a chamada "abertura de primeiro grau". Por outro lado, a noção poética como programa operacional proposto pelo artista corresponde ao projeto de formação de determinada obra. Os graus de abertura da obra servirão para equacionar a participação, a noção de "arte de participação" tem por