Exemplo de Fichamento
(org.) O Chip e o Caleidoscópio. São Paulo: Editora Senac, 2003.
Este artigo trata questões da arte tecnológica a partir de um extenso panorama, desde o advento da fotografia, enquanto advento da arte tecnológica, passando pelas neovanguardas artísticas, e o desenvolvimento da arte no sentido do uso das tecnologias em avanço, como a vídeo arte, arte cinética, arte computacional até as experiências atuais de ciberinstalações e arte interativa.
Introdução:
“Embora a arte, em todos os tempos, seja portadora de valores presumivelmente universais, tão universais quanto difíceis de discernir, a arte tem aspecto material que não pode ser desprezado para ser produzida, ela depende de suportes, dispositivos e recursos. Ora, esses meios, através dos quais a arte é produzida, exposta, distribuída e difundida, são históricos.”
[pág. 248]
“[...] um dos desafios do artista é dar corpo novo para manter acesa a chama dos meios das linguagens que lhe foram legados pelo passado [...] o outro desafio do artista que é o de enfrentar a resistência ainda bruta dos materiais e meios do seu próprio tempo, para encontrar a linguagem que lhes é própria, reinaugurando as linguagens da arte.” [pág. 249]
A partir de uma breve contextualização da idéia de arte que vem do Renascimento, a autora salienta que os meios de produção artística são históricos. E que então, deve partir do artista contemporâneo descobrir e construir o meio artístico que lhe é próprio.
1. Das técnicas às tecnologias
A autora faz uma distinção entre esses dois termos que podem ser entendidos de maneira confusa. A técnica sempre esteve presente no fazer artístico, enquanto um saber fazer, um conhecimento transmitido e executado manualmente. A partir da revolução industrial, houve o surgimento de máquinas e, no âmbito da produção de imagens, a máquina fotográfica.
“[...] surgiu também uma máquina para se