Arte efemera
Em algumas de suas séries, o produto final é a fotografia da obra, devido à perecibilidade dos materiais empregados.
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|Vik Muniz, Mona Lisa. |
Acima, nas réplicas da Monalisa, Muniz utilizou geléia e manteiga de amendoim. Depois fotografou. Trata-se, claramente, uma discussão sobre o eterno versus o efêmero.
Valéria Peixoto de Alencar*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação *Valéria Peixoto de Alencar é historiadora formada pela USP e mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Unesp. É uma das autoras do livro Arte-educação: experiências, questões e possibilidades (Editora Expressão e Arte).
Segundo definição encontrada nos dicionários, efêmero é aquilo que é passageiro, temporário, transitório.
Muitas vezes, ao pensarmos em obras de arte, como uma pintura, por exemplo, imaginamos a Monalisa, de Da Vinci, ou O grito do Ipiranga, de Pedro Américo, ou, ainda, esculturas de mármore... Obras que permanecem ao longo do tempo e da história.
Mas o que dizer de obras de arte pública, por exemplo? Muitas delas foram produzidas com a clara intenção de serem modificadas pela ação do tempo e, até mesmo, de desaparecer, como o grafite, os tapetes feitos com serragem, sementes e folhas - que, em algumas cidades, a população costuma fazer nas ruas, para a celebração de Corpus Christi ou da Semana Santa -, esculturas de areia ou gelo.
E não podemos esquecer também das instalações, das performances e dos happenings, realizados por artistas contemporâneos, obras que existem apenas durante o tempo em que são