Arte de fazer um jornal diário
Matrícula: 0082229
A arte de fazer um jornal diário – Capítulo I
Gestores antiquados e jornalistas descomprometidos se refletem no desinteresse dos leitores pelos jornais. No primeiro capítulo de “A arte de fazer um jornal diário”, Ricardo Noblat expõe erros comuns e graves cometidos pelo jornalismo impresso.
A revolução digital causou uma concorrência entre os meios. A internet atraiu os olhares dos jovens e das agências publicitárias, movimento o mercado. No entanto, o jornal passou a ter uma tarefa a mais: a de diferenciar e aprofundar seu conteúdo, para conquistar de forma efetiva o seu público. Noblat explica que o jornal é o espelho da consciência crítica de uma sociedade e deve acompanhar a evolução de seus leitores. Deve estar ciente do nível de conhecimento e, principalmente, das áreas de interesse do leitor.
A mídia impressa deve transmitir entendimento, cumprindo seu papel de serviço público e seguindo os valores da verdade, da atitude e da independência. O autor cita a independência, usando o exemplo dos grandes conglomerados de comunicação, que formam opinião a favor de assuntos particulares, políticos e financeiros. Em suma, o jornal não deve abandonar os princípios que justificam a sua existência: liberdade, igualdade social e respeito aos direitos humanos.
Ricardo Noblat trata do papel do jornalista no meio impresso. Cita o caso de Tim Lopes, que fez uma incursão em uma favela carioca para filmar a exploração sexual de menores em um baile promovido por uma organização criminosa. Um jornalista da mídia impressa, assim como o próprio veículo, deve distinguir o que interessa o público e o que é de interesse público. Confundir espetáculo com notícia é o que acaba, muitas vezes, expondo o profissional a essas reportagens arriscadas.
Com o surgimento da televisão, o jornal perdeu o papel de “produtor de fatos”, afirma o autor. No entanto, os jornais não devem subordinar-se aos princípios que instruem o jornalismo