O que são doenças hipocinéticas?
Desde os primórdios dos tempos, o homem sempre se movimentou para que pudesse sobreviver. Seja para buscar seu alimento caçando, pescando, plantando e colhendo ou para se defender dos seus inimigos em potencial. Ou seja, o homem é uma máquina programada para o movimento e, através dele, consegue realizar todas as suas tarefas cotidianas.
Com a modernização e as inovações tecnológicas promovidas pelos avanços nas telecomunicações, utensílios domésticos e meios de transportes, muitas mudanças relacionadas ao estilo de vida da população aconteceram. Vê-se, claramente, que as pessoas passaram a se movimentar muito menos e hoje, tudo se resolve em alguns segundos mediante o aperto de um botão. É o controle remoto, o elevador às escadas, o percurso do trabalho de moto ou carro, os serviços de “disk entregas”, a televisão, o uso abusivo de computadores e videogames, entre outros tantos atrativos e facilidades para ganharmos tempo, mas promover uma redução das demandas físicas exercidas diariamente e cultuar um hábito de vida inativo, resultando num elevado quadro de sedentarismo.
Embora o corpo humano tenha sido organizado para o movimento e para as atividades que exijam esforços, o exercício físico não faz parte do estilo de vida da maioria das pessoas. Realidade comprovada por cerca dos 70 % dos brasileiros que não se exercitam regularmente, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Para se ter uma idéia de que o problema é mundial, 59 % da população americana fazia algum tipo de atividade física na década de 80. Hoje, esse número não passa de 30 %.
Assim, uma variedade de doenças conhecidas como doenças hipocinéticas representam uma expressão típica para esse estilo de vida pobre em movimento e com comportamento passivo durante o tempo livre de lazer. A alimentação errada, o vício prejudicial à saúde como o fumo, o consumo alcoólico e o estresse psíquico diário de um trabalho cada vez mais intelectual,