Arte contemporânea
A arte no século XX apresenta para um observador distanciado uma sucessão algo caótica. Todos os conceitos que serviram de base à apreciação e criação das gerações anteriores foram sistematicamente postos em causa, e pouco depois acabaram por ser recusados ou ultrapassados pelos artistas. Na arte como na imaginação não existem limites, parece ser a primeira ideia que os artistas têm procurado transmitir.
O nosso percurso centra-se nos movimentos artísticos que evidenciaram a ruptura com os conceitos tradicionais da arte, colocando pela primeira vez a questão do fim da estética.
Os primeiros surgem num período histórico em que a Europa sofre enormes convulsões que irão conduzir á I Guerra Mundial (1914-1918), e depois aos primeiros regimes autoritários que abrem uma ruptura com os sistemas políticos anteriores, o Comunismo na União Soviética (1917) e o Fascismo na Itália (1921).
A arte impressionista do final do século XIX antecipou muitas das características da arte contemporânea. Elas incluem a ideia da arte pela arte, a ênfase na originalidade, a exaltação da tecnologia moderna, o fascínio pelo primitivo e o compromisso com a arte popular.
BRAQUE, La Mandore, Paris, fin 1909
Picasso, Três Músicos (1921) Futurismo é o movimento literário artístico surgido na Europa, na primeira década do séc. XX. O futurismo reivindicava uma ruptura com o passado, buscando novas formas, assuntos e estilo, que melhor representaria a modernidade, era das máquinas, aeroplanos, fábricas e da velocidade.
O lema central era "liberdade para a palavra" e, neste sentido, afirmava o manifesto: "destruir a sintaxe". Pretendiam defender o uso do verbo no infinito e abolir advérbios e adjetivos, assim, acompanhar cada substantivo de outro com função de adjetivo. Pretendiam buscar analogia cada vez mais simples e suprimir a pontuação.
Nas artes plásticas procuravam obter a máxima desordem abolindo o lado psicológico. Exaltou o culto ao perigo e na