Artaud Resumo
Antonin Artaud (1896 - 1948) lutou contra o formato e o conteúdo do teatro de seu tempo. Buscou instaurar uma nova linguagem para o teatro, reformulando o já existente e edificando uma nova proposta. O teórico Alain Virmaux apresenta na sua obra Artaud e o teatrocomo se estruturou o seu entendimento sobre as idéias de Artaud e de como a sua obra preconiza uma visão renovada do fazer teatral: “Atonin Artaud disse tudo em O teatro e seu duplo, da maneira mais clara possível” (VIRMAX, pag. 35).
O que pretendo com a seguinte resenha é extrair de cada capítulo do livro as idéias e propostas mais pertinentes ao processo de entendimento do teatro contemporâneo associado à linguagem proposta por Artaud. No decorrer do texto, faço também citações das reflexões que Virmaux fez do seu entendimento das propostas de Artaud.
II – Parte 1: O TEATRO E A CULTURA
Na primeira parte do livro, Artaud faz algumas considerações a respeito da relação dos seres humanos com a cultura, onde apresenta esta ultima como “um meio apurado de compreender e exercer a vida” (ARTAUD, pag. 18). Para ele, o teatro deve ser uma linguagem artística que rompa com todas as limitações e que represente a vida como uma eterna magia, constituindo uma arte de elementos vivos. Alain conclui que essa relação do teatro com a vida torna-se muito significativa quando Artaud fala do teatro como se falasse da própria vida e questiona se o teatro seria o duplo da vida para Artaud, pois “de fato, no final da trajetória, teatro e vida acabam em uma fusão completa” (VIRMAX, pag. 39).
Artaud busca a magia para o teatro, pois ele define o teatro como um verdadeiro passe de mágica, isto é, “é preciso acreditar num sentido de vida renovado para o teatro onde o homem impavidamente torna-se o senhor daquilo que não existe e o faz nascer” (ARTAUD, pag. 22).
III – Parte 2: O TEATRO E A PESTE
Artaud imagina o teatro como uma revelação, uma exteriorização da crueldade presente num indivíduo. Dessa maneira