Fichamento Os dois polos epistemol gicos

Os novos tempos pós modernos trouxeram uma nova maneira de pensar à arquitetura das construções urbanas. Opondo-se ao modernismo universalizante onde encontravámos prédios com arquitetura semelhante, há nesse novo período a preocupação de se construir algo único preocupado com o decorativismo, antes julgado inútil.
O pós-modernismo nega o universalismo, a generalização, qualidades e procedimentos básicos do modernismo. Dessa forma, a legitimidade das construções se contrapõem as produções em série do modernismo e conta com diferentes vias daquelas abertas pela racionalidade: a inspiração, o sentimento, a indetermindação, a polimorfologia, a polissemia, ou seja, vias que negam a razão totalizante.
Na oposição à racionalidade e à ordem lógica, percebemos também nas artes plásticas e no design pós-modernos uma ruptura com o padrão lógico. Formas simples e geométricas associadas, utilização de cores exuberantes e materiais incomuns para produção produzem um resultado que insinua o irracionalismo, pois a utilização desses recursos não procuram relacionar uma função ao objeto ou mesmo uma mensagem metafórica como se observava nos movimentos modernistas. Neste movimento, a inteligibilidade, a razão e a lógica na representação das significações e dos conteúdos era a preocupação principal na produção.
Na literatura, os grandes autores da estética literária moderna criaram sofisticados códigos de expressão que exigem um trabalho complexo de interpretação. Nos textos narrativos, se desdobra um “discurso em contrabando”, composto de detalhes essenciais (metáforas, imagens, parênteses, aspas etc.) que se infiltram no discurso “declarado” e escapam à consciência do leitor e mesmo do autor. O desconstrucionismo focaliza uma pluralidade quase infinita de sentidos e se opõe as proposições de ordem do discurso da crítica estrutural moderna.
No cinema, percebe-se uma atitude estética representada na inexplicabilidade de cenas que não acrescentam sentido a narrativa principal do