Art Déco
O art déco surgiu como o “primeiro estilo verdadeiramente internacional” (UNES, 2008 apud FUSCO, 1994, p.27), partindo do antecedente de uma sociedade que passou por drásticas mudanças a partir da Primeira Guerra Mundial. A globalização ocorreu por causa das novas tecnologias que encurtaram as distâncias. A arte passou a ser também objeto de desejo da sociedade uma vez que tivesse utilidade.
Segundo Unes (2008)1, o termo art déco apareceu primeiramente no evento Exposition Internationale des Artes Décoratifs Et Industriels Modernes. Foi nessa exposição que muitos dos estilos do período entre guerras foram relembrados, como De Stijl, a Bauhaus, e Deutsches Werk, e tiveram muitos de seus elementos reunidos no conceito de Art décoratif.
Caracterizado por ser um estilo “decorativo”, arte que pode ser adquirida pelas pessoas, “internacional”, pelo surgimento de novas tecnologias que colaboraram com a globalização, “moderno”, por se relacionar aos acontecimentos da industrialização, e “cosmopolita” por ser um estilo concebido nessa sociedade que sofria mudanças com uma velocidade como nunca tinha acontecido na história antes.
No Brasil, a globalização gerou um sentimento nacionalista de forma que gerou grandes impactos na história do país no início do século XX. Personagens brasileiros foram criados, como o Jeca Tatú, de Monteiro Lobato, e Macunaíma, de Mário de Andrade, contrastando com a imagem estereotipada que os países estrangeiros faziam do povo brasileiro.
Outro ímpeto que provocou mudanças foi a Semana de Arte Moderna de 1922 que abriu a discussão sobre o “caráter nacional” e apresentou obras no âmbito da literatura, artes, música e arquitetura verdadeiramente nacionais. O arquiteto Antônio Moya apresentou trabalhos que tinham uma linguagem art déco com referências maias, mas que deu abertura a fazer uma arte com referências, então, marajoaras, de um jeito bem brasileiro e que foi utilizado em ilustrações de revistas, cartazes e objetos.
O art