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Informe Técnico - nº 35 de 19 de junho de 2008
Assunto: Gerenciamento do Risco Sanitário na Transmissão de Doença de Chagas Aguda por
Alimentos
1. Introdução:
A Doença de Chagas é uma infecção causada pelo protozoário
Trypanossoma
cruzi, que pode ser transmitido ao homem pelas segui ntes vias: vetorial (clássica), transfusional (reduzida com o controle sani tário de hemoderivados e hemocomponentes), congênita (transplacentária), ac idental (acidentes em laboratór ios), oral (com alimentos contaminados) e transplantes.
Na transmissão vetorial o barbeiro, após picar a pessoa, deposita sobre a pele as fezes infectadas com o
T. cruzi
, que pode penetrar na corrente sanguínea.
Historicamente, esse tipo de transmissão tem sido a principal causa da Doença de
Chagas no Brasil.
O período de incubação da
Doença de Chagas varia de acordo com a via de transmissão, sendo de 5 a 15 dias na vetori al, de 30 a 40 dias na via transfusional, do quarto ao nono mês de gestação na via transplacen tária e cerca de 7 a 22 dias para via oral. O quadro clínico caracteriza-se por febr e prolongada, cefaléia, edema de face ou membros, manchas na pele, aumento do fígado ou baço, cardiopatia aguda, dentre outros. A confirmação da doença é feita por ex ame parasitológico e sorológico, conforme orientação médica.
A transmissão oral considerada esporádica e circunstancial em humanos, tem se tornado freqüente na região amazônica e está relacionada à ocorrência de surtos recentes de Doença de Chagas Aguda (DCA) em diversos estados brasileiros, principalmente na Região Norte. Essa é uma via natural de disseminação de
T. cruzi entre os animais no ciclo silvestre, no tocante a infecção de mamíferos que se alimentam de insetos. A DCA corresponde ao período inicial da infecção pelo
T. cruzi e pode variar de 3 a
8 semanas. É caracterizada pela elevada parasi temia e estado febril nos casos aparentes, sendo que a maioria dos casos é assintom