Arquitetura e linguagem arquitetônica
O estudo da arquitetura baseado na literatura vem sendo discutido de diversas maneiras. Alguns autores acreditam que o estudo da arquitetura está diretamente ligado aos objetos arquitetônicos e urbanos e, outros, não consideram a ligação arquitetônica / literária, passível de estudo e contextualização. Quando nos deparamos com a discussão relacionada a esse tema, devemos analisar todos os pontos, dentre os principais, podemos destacar a análise histórica, teórica e crítica. Segundo o arquiteto espanhol Josep Montaner, a crítica determina a “arte de interpretar”, estabelecendo um conceito onde determinada obra será avaliada. Para ele, a “presença” no local de estudo é fundamental para a construção da crítica arquitetônica de determinada obra e o não comparecimento do crítico ao seu objeto no espaço, o faz ser apenas um observador, deixando sua compreensão muita limitada. Paralelamente a esse conceito, de que a crítica arquitetônica deve ser embasada em um plano tridimensional para estudo e comprovação, obtemos a definição de um levantamento teórico e histórico onde o objeto analisado pode ser discutido fora da presença física, no espaço formado por documentos textuais. O estudo da arquitetura através da história é essencial ao conhecimento desta arte, pois, é nessa história que obtemos a maior parte de suas características, de seus estilos e da sua análise do passado. Além disso, é através desse conhecimento histórico que analisamos a contextualização arquitetônica e a partir daí, a arquitetura também nos transmite uma literatura com embasamento teórico. De acordo com a relação estabelecida entre a literatura, histórica ou teórica da arquitetura, é fundamental transmitir a crítica em arquitetura e urbanismo, através de uma crítica textual, não podendo, porém, ser baseada em textos sem embasamentos críticos. Assim, quando baseada em documentos que