Arquitetura no século XVII no Brasil
Na unidade anterior, em Arquitetura do século XVI, observamos alguns métodos de construção, logo que o processo de colonização se estabeleceu, como a utilização de madeira, folhas e palha nas primeiras obras levantadas; a taipa de mão ou pau-a-pique; a taipa de pilão e o emprego de pedra e cal nas regiões onde a pedra era natural. Em algumas construções apareciam técnicas combinadas. Em certas igrejas encontramos algumas partes de madeira ou taipa de pilão e até mesmo pau-a-pique alternadas com alvenaria. Vejamos outras técnicas que passaram a ser empregadas sozinhas ou concomitantemente.
Alvenaria
A alvenaria é uma espécie de cascalho grosseiro aglomerado com argamassa.
Essa argamassa pode ser de toda espécie de elementos, como a cal, a argila crua, pedras ou tijolos. Em Minas, além do uso muito grande da argila, também pode ser encontrada na argamassa um minério de ferro extraído da serra de Ouro Preto com o nome de canga.
Adobe
Os adobes são tijolos secos ao sol e possuem grandes dimensões:
20x20x40. Esse tipo de tijolo foi menos usado do que a taipa de pilão a qual resiste melhor ao tempo se bem executada. Os adobes eram normalmente reservados para as partes secundárias da construção.
Tijolo
A partir do século XVII, o emprego do tijolo cozido nas construções tornouse comum, principalmente, na Bahia. Em 1711, a cidade de Ouro Preto, recém fundada, já tinha uma olaria. No entanto, a região de São Paulo só passou a utilizar o tijolo no século XIX. Cantaria
O uso da cantaria era reservado às partes nobres da construção que necessitavam de moldura, como pilastras, soleiras, peitoris de janelas, umbrais de janelas e portas, cornijas, faixas e frontispício ou fachada. Do solo brasileiro foram extraídas a pedra Itacolomi e a pedra-sabão de Minas Gerais para cantarias. No século XVIII, importava-se de Portugal, principalmente, uma espécie de mármore chamado de lioz para igrejas mais luxuosas.
Arquitetura no século