Arquitetura missioneira
A arquitetura missioneira seguiu os padrões de seus colonizadores europeus que tiveram de se adequar com os materiais da região. A argila local era utilizada nas olarias missioneiras para fazer tijolos, pisos cerâmicos e telhas. A tabatinga, um barro esbranquiçado encontrado junto aos córregos, era utilizada como tinta para branquear as construções. O arenito, de diferentes veios e resistências, era utilizado nas construções e nos trabalhos de cantaria. A pedra itacurú, também conhecida como pedra cupim, era utilizada para fundações e para extração do ferro com que se fabricavam equipamentos, sinos e ferragens. O cedro (Cedrela Tubiflora) era a principal madeira utilizada nas construções e esculturas. Também o couro era utilizado em correarias e no mobiliário.
As edificações das reduções (aldeamentos indígenas organizados e administrados pelos padres jesuítas) se apoiava em paredes portantes (estrutura onde as paredes são responsáveis por suportar as cargas da edificação e sua cobertura), duplas, executadas em pedra de cantaria, preenchidas internamente com pedras irregulares e barro. A maioria das edificações também eram marcadas pela presença de alpendres, para a proteção do calor e das chuvas e pelos grandes pátios internos, também alpendrados, da tradição européia, sempre presentes nas edificações principais.
As igrejas foram as edificações que mais marcaram a arquitetura missioneira trazida pelos arquitetos jesuítas, onde as naves laterais eram separadas da central por conjuntos de colunas por maciços que sustentavam arcos de pedra ou tijolos. O forro da nave central geralmente possuía abóbada de berço de madeira e o das laterais com abóbodas de aresta de madeira ou tijolos. Sobre a capela mor, localizava-se uma abóboda de meia laranja, estruturada sobre um tambor de madeira, com coberturas planas. A maior parte das igrejas missioneiras possuía apenas uma torre ou campanário, que se localizava independentemente no lado