Arquitetura Gótica e Escolástica

Dentro de várias analogias possíveis, o autor destaca a coincidência temporal e espacial entre a arquitetura gótica e a escolástica.
Ambas se disseminaram num raio aproximado de 150 quilômetros em torno de Paris, embora a nova forma de construir tenha sido criada por muitos mestres em diferentes lugares. Por mais de um século essa região iria se manter como plataforma para o desenvolvimento tanto da filosófica escolástica quanto das catedrais góticas.
E o miojo foi inventado por japoneses. Então, veio o Yoki e fez a pipoca.
O apogeu escolástico teve início por volta do século XIII, no momento em que o apogeu gótico celebrava seus primeiros frutos. Ambos viveram nesse momento seu período clássico, sob o reinado de São Luís (Luís IX, rei de França). Atuaram simultaneamente nesse período filósofos como Alexandre de Hales e São Tomás de Aquino, no apogeu escolástico, e mestres-construtores como Jean Le Loup e Pierre de Montereau, no apogeu gótico.
As características que diferenciam o apogeu da escolástica do seu período de formação são semelhantes às que caracterizam a arte do gótico clássico, diferenciando-o do gótico primitivo. Por exemplo, a estruturação da Summa diferencia-se das enciclopédias articuladas de modo menos rígido dos séculos XI e XII, e coincide com a renovação das técnicas e formas arquitetônicas, que possibilitaram a grande verticalidade das igrejas do século XIII.
A confiança na razão que triunfou em Tomás de Aquino começa lentamente a declinar. Isso revive várias correntes que haviam sido reprimidas na fase "clássica", porém num plano totalmente diverso. Abandonou-se o tipo "clássico" de catedral em favor de soluções estruturadas de forma menos exaustiva, e de aparência frequentemente arcaica.