Resumo do Gótico
- Do Pantheon Romano à Catedral Gótica A arquitetura se afirma estabelecendo uma relação de reciprocidade com o universo, dessa forma através da arquitetura o micro e macrocosmos se comunicam tendo a ordem simétrica como modelo de harmonia proporcionalidade universal. O Pantheon é um espaço circular centralizado no eixo vertical definido sob a grande abertura no zênite da cúpula, sendo a sagrada dimensão vertical na organização do espaço, a unificação da ordem cósmica e da ordem humana, fazendo com que o homem se experimento como um deus inspirado, explorador e conquistador, como um produtor da historia de acordo com o plano divino. Tal centralidade reflete a confiança que o homem deposita em si mesmo, fazendo “pseudo-cosmos” sem suas construções.
Porem com a decadência do Império Romano os edifícios param com as construções do pseudo-cosmos e começam a representar obras mimesis, uma forma mais sobrenatural e transcendente, sendo o homem que chega a Deus e a graça divina e não mais o contrario. A Igreja é o edifício encarregado dessa ascensão, e dentro dela que se encontra a mensagem religiosa, a qual providencia segurança existencial e espiritual para o homem medieval. Sua estrutura horizontal e nitidamente dominante e o movimento em profundidade e ritmado pelas arcadas da nave, pelas estruturas da cobertura e pela sucessão dos vitrais superiores.
O Pantheon era estático e centrado, Santa Sabina é dinâmica tensionada entre o altar e a nave, banhada por luz não uniforme que atravessa os vitrais como se fosse a própria mensagem divina, ilumina a parte de cima do edifício e reserva uma maior escuridão as naves laterais. San Apolinar Nuevo tem referências horizontais e a anulação de verticais e onde se utiliza uma cromaticidade bem maior no acabamento interior. Santa Sofia contem arcadas internas tensionadas e longitudinais à planta central com uma cúpula como a do Pantheon, coroando a igreja se assemelhando ao universo. Em Santa Sofia a luz é diáfana e