Arqueologia da Educação
INTRODUÇÃO
Certamente, você deve estar com muita curiosidade a respeito da disciplina de Antropologia da Educação. Como se não bastasse, todos nós temos curiosidade sobre como devem viver os povos, culturas em vias de extinção ou mesmo sobre costumes exóticos. Na verdade, essas dúvidas são muito comuns nos momentos iniciais de qualquer disciplina de antropologia.
As diferentes sociedades humanas sempre souberam, com poucas exceções, que além de suas fronteiras havia "outros povos". Povos esses que habitavam territórios de maneira diversa, cujas características físicas (cor da pele, formato dos olhos, altura, etc.) eram diferentes das suas. Grupos que não adoravam os mesmos deuses, enfim, que pensavam de outra maneira. A curiosidade de conhecer esses povos "diferentes" motivou o nascimento da antropologia, que atualmente não estuda apenas os “diferentes", mas todos os seres humanos.
A nossa disciplina é um convite à viagem, numa espécie de rota antropológica, e não uma delimitação rígida de fronteiras. Buscamos priorizar programas como roteiros de viagem, mas viabilizando percursos pessoais, abrindo espaços para a descoberta de novos mundos.
Como o objeto desse trabalho é desenvolver seres humanos (alunos e alunas) e, por conseguinte, carregamos as marcas do ser humano. Entendemos que não podemos “moldar” os(as) nossos(as) alunos(as), da mesma forma que um artesão afeiçoa um jarro de barro, ou pinta um quadro em branco. É preciso que os menos experientes tenham a certeza que essa disciplina carrega consigo concepções e conhecimentos prévios e, muitas vezes, estas concepções são diferentes dos saberes da educação formal universitária.
Ressaltamos que todos que participam da disciplina (sejam alunos e professores) são protagonistas do trabalho e do currículo. Todos são vistos como executores do currículo dotados de certa autonomia de escolha, portanto, políticos em essência. Assim, acreditamos que a profissionalização docente se faz no