Geoglifos do acre
O DESAFIO DE TRANSFORMAR
Mayara Ferrante Caldas Orientadora: Dra. Denise Pahl Schaan
INTRODUÇÃO A Amazônia é conhecida mundialmente por sua natureza exuberante e sua importância nos debates sobre biodiversidade e sustentabilidade. No entanto, a sociodiversidade que tem origem nos seus primeiros habitantes são quase incógnitos; o rico patrimônio arqueológico da Amazônia é pouco conhecido, mesmo pela população da região. Como promover interesse por um patrimônio cultural desconhecido para grande parte das pessoas? A pesquisa realizada na Amazônia a respeito do período pré-colonial tem gerado grandes debates acadêmicos a respeito dos aspectos antropogênicos formadores de sua paisagem, as formas organização, o tamanho e complexidade social das populações que habitavam a região. No entanto, ainda que existam acaloradas discussões, questionamentos e pesquisas fomentadas por instituições nacionais e internacionais, grande parte da população brasileira e comunidades diretamente afetadas por essas pesquisas desconhecem sua produção e importância. Neste cenário, a mídia chega às pessoas como nenhum outro instrumento conhecido; ela está nas casas dos mais simples moradores, nos lugares mais distantes, portanto se torna uma primordial ferramenta. E, pensando nesse discurso arqueológico e como ele vem sendo apresentado para o grande público, devemos considerar que a comunicação é essencial para o processo de produção e promoção do conhecimento. No entanto, pouco se encontra sobre arqueologia em veículos midiáticos e mesmo quando há alguma iniciativa de divulgação, nem sempre ela é realizada de maneira satisfatória para os pesquisadores da área. A comunicação está falhando; entender sua lógica se faz necessário para encontrar as falhas e melhorar a qualidade do material exposto. Novas noções de produção de discursos são inseridas nessa atual realidade. Sendo assim,