Armas, germes e aço
Uma Abordagem Introdutória
É de primordial significação para o autor abordar a Economia como um estudo de várias facetas que se evidenciam no decorrer de sua história e em suas escolas e não reduzi-la a um modelo, como tendem muitas obras a respeito das atividades econômicas. Considera-se uma economia que, apesar das tentativas de aproximar-se do empirismo, não escapa ao subjetivismo; portanto, exclui-se no livro a abordagem neopositivista que alega ser possível uma “ciência econômica” quase isenta de influências das entidades econômicas, sociais e políticas da sociedade, posto que, para o autor, os economistas de destaque partiram sempre de problemas concretos presentes em sua época, levando em consideração os ideais da sociedade a qual pertencem.
A Era Neoclássica A partir de 1870 inicia-se um período em que o foco dos economistas se restringe em relação aos clássicos: passa a ser estudada com maior veemência a relação entre as pessoas e a produção material, ou seja, estuda-se agora a relação entre “pessoas e coisas e não mais entre pessoas e pessoas através das coisas”. (ARAÚJO, 1986) Dentre os precursores da era neoclássica, sabe-se das grandes contribuições de economistas, como Carl Menger, Léon Walras e Alfred Marshall, cada um com enfoques e escolas diversas, sendo atribuído a Marshall o lugar de pai dessa nova era: sua obra não foi a primeira na cronologia da literatura neoclássica, no entanto sabe-se que em meados de 1870 ele já testava suas teorias com os alunos da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. A publicação de obra síntese de seu pensamento só ocorreu quase vinte anos após o lançamento dos livros de outros grandes pensadores neoclássicos, como William S. Jevons. Isso se explica pelo fato de o seu rigor e empirismo não permitirem a divulgação de um livro com lacunas. Ainda assim, é a partir da publicação de seu livro que se faz uma ruptura no estudo da