Aristóteles, Galileu, Newton e o movimento
Estamos todos bastante familiarizados com o fenômeno do movimento. A todo momento vemos objetos se movendo: um carro percorrendo as ruas da cidade; um ciclista passeando em sua bicicleta; um balão ganhando os céus nas noites juninas; uma folha caindo de uma árvore; um avião cruzando os ares; e muitos outros tipos de movimentos. Alguns deles não conseguimos ver diretamente, mas, podemos imaginá-los, como o movimento de uma bala disparada por um revólver, por exemplo.
Um carro e um avião são movidos por algum tipo de motor; o pedalar do ciclista faz a sua bicicleta andar; a força de gravidade obriga a folha a cair; o empuxo eleva o balão. Portanto, o movimento é um fenômeno que podemos explicar facilmente. Será que podemos mesmo?
Pensemos na bala disparada por um revólver. Sabemos que é uma expansão de gases numa câmara interna da arma que a impele para fora do cano. E depois que sai da arma? Em vez de prosseguir vencendo distâncias, por que simplesmente não cai aos pés do atirador logo depois que atinge a extremidade do cano? Alguma coisa a faz continuar em seu movimento sempre em frente. Que coisa é essa?
Mais de dois milênios atrás, principalmente na Grécia Antiga, os filósofos-cientistas já se preocupavam com a questão do movimento em todas as suas formas. Como sabemos, naquela época não havia automóveis ou aviões, mas já se sabia que para haver movimento era necessário algum tipo de força atuando. Era aparente que os objetos somente podiam se mover quando alguém ou alguma coisa os empurrasse ou puxasse. Mas, por que a folha cai da árvore? (A força da gravidade não era conhecida ainda, daí o mistério.) Enquanto está no arco, acionada pelo mesmo, podia-se entender por que a flecha se move; afinal há uma corda empurrando-a. Mas, e depois que deixa o arco? Como é que consegue manter seu movimento?
Questões dessa ordem incomodavam os pensadores deixando-os confusos. O movimento era algo que não conseguiam entender completamente. E