Argumentos
Naquele momento da ‘história’ a sociedade daquele país encontrava-se abalada por conta de uma grave crise em que seu país estava enfrentando, tanto que 1948 uma greve geral mobilizou mais de 7 milhões de trabalhadores por três dias, fato que contribuiu para o fortalecimento dos partidos de esquerda fazendo-os chegarem á soma de 10 milhões de votos em 1950. Já nas eleições de 1976 o Partido Comunista Italiano, considerado o maior partido comunista do ocidente na época, com 1,7 milhões de filiados, alcançou a marca de 34,4 milhões de votos. Essa foi uma década em que ocorreram profundas transformações capitalistas por todo o mundo, a classe trabalhadora obteve muitas conquistas, para tanto, o padrão de acumulação taylorista-fordista entrou em completa decadência pondo em xeque os direitos conquistados, uma vez que as burguesias daquele período para diminuir os custos incorporaram inovações tecnológicas que poupavam a força de trabalho. Fato que era claro na forma de trabalho, de execução do trabalho, o trabalhador (homem) era um complemento da máquina, é na verdade um paradoxo já que, olhando para os dias atuais, as mais diversas máquinas são ferramentas que facilitam e auxiliam na execução do trabalho sendo uma extensão, facilitadora, de nosso corpo na realização de qualquer tarefa cotidiana. Também como nos dias de hoje, a fábrica, principal cenário do filme, utilizava o sistema de meta de produção, mas mesmo que sua produção aumentasse por conta da utilizar de novas tecnologias, o salário continuaria o mesmo.
No ambiente fabril á que se refere o filme, existe um cara chamado “Lulu” por conta de sua total dedicação ao trabalho é denominado o funcionário-padrão. Isso, toda sua dedicação ao trabalho, faz com que ele não seja bem visto pelos seus colegas que têm raiva dele, chamam-no de puxa-saco do patrão, algo como também nos hoje em dia. Toda essa desenvoltura torna-o arrogante ao ponto de ele achar que é superior aos seus companheiros, que por sua vez