Argumentos Sobre Religião
Ao longo dos anos, os pensadores teístas procuram apresentar provas racionais da existência de Deus, ao contrário dos pensadores que demonstram maior importância à fé do que à razão – Fideísmo.
Existem vários argumentos que pretendem conciliar razão e fé:
1. Argumento ontológico – Argumento a priori, apresentado por Santo Anselmo (1034-1109). Santo Anselmo trouxe para a discussão questões referentes à fé e à razão e, na busca por legitimar a razão divina, proporcionou, no Ocidente, o início de um debate a respeito dessas duas fontes de conhecimento. Nesse tempo as formulações teóricas começaram a ser explicadas a partir da junção de pensamentos filosóficos e teológicos. Como relatou um filósofo Sérgio Strefling: ”Apesar de Anselmo ver na razão um meio e não um fim, no entanto, chega a culpar de negligência aquele que, uma vez confirmado na fé, não procura compreender aquilo que crê’’. Santo Anselmo mostra assim a presença de um ser infinitamente perfeito (Deus), a partir de onde se deduz a sua existência. Este conceito constata assim a entidade de um ser máximo a qual nada maior pode ser pensado, devendo assim existir tanto na mente como na realidade.
Este argumento foi defendido por pensadores como Descartes e Leibnz, mas também foi alegado pelo monge Gaunilo, contestando que através dele era possível provar a existência de qualquer ser concebido mentalmente. Assim como o monge Gaunilo, Kant alegou que este argumento confunde o pensamento com a realidade e que a existência não é um atributo - predicado concetual.
2. Argumento cosmológico – Trata-se de um argumento a posteriori, pretende demonstrar Deus a partir dos dados da experiência. Este argumento foi defendido por pensadores como Platão e Aristóteles, e melhorado por Santo Tomás de Aquino. Para Santo Tomás de Aquino "Crer é imediatamente um ato do entendimento, porque o seu objeto é a verdade,