Argumentação e lógica formal
ARGUMENTAÇÃO E LÓGICA FORMAL
Recordar o essencial
1.1 Validade
Raciocínio, inferência e argumento
«Uma vez que saber argumentar é muito útil e que a lógica ensina a argumentar, estudar lógica é muito útil.» Este conjunto de afirmações relacionadas de modo a derivar uma delas das outras duas é um argumento. O processo de derivar uma delas, a conclusão, a partir das outras duas, as premissas, chama-se raciocínio ou inferência. As premissas do argumento são os enunciados de que se parte para inferir a conclusão, por isso, constituem as razões que a sustentam e justificam. A conclusão decorre do que é afirmado nas premissas. Quando a conclusão é inferida correctamente, dizemos que o argumento é válido.
O objeto e a finalidade da lógica
O objeto de estudo da lógica é a validade dos argumentos. A sua finalidade é: a. formular as regras a que os argumentos devem obedecer para serem válidos; b. distinguir as formas válidas das formas não válidas; c. desenvolver técnicas de avaliação dos argumentos.
A palavra «Lógica» deriva da palavra grega logos, que significava simultaneamente razão/pensamento. Aristóteles (filósofo grego, do século IV a. C.) substituiu as palavras da linguagem habitual por letras maiúsculas, transformando a lógica numa ciência formal. A lógica aristotélica foi o modelo de referência do pensamento lógico e científico até ao século XVI. Foi Gottfried Leibniz (filósofo alemão, 1646-1716) que iniciou o processo de construção da lógica simbólica moderna, mas ela só foi desenvolvida a partir dos finais do século XIX por matemáticos como George Boole (1815-1864) e Gotttob Frege (1848-1925)
Princípios lógicos da razão
Apesar da convicção de que sabemos estruturar o pensamento (ao aprender a falar interiorizamos algumas regras simples para tornar o pensamento compreensível), aprender lógica pode ajudar-nos a melhorar o modo como pensamos e argumentamos. As regras mais básicas são os princípios da razão:
o