Linguagem Médica: fundamentos da terminologia médica
2164 palavras
9 páginas
Linguagem Médica: fundamentos da terminologia médica Todo ramo do saber humano, toda ciência, necessita criar sua própria terminologia, adequada às suas necessidades de comunicação e expressão. A medicina, como uma das mais antigas atividades do homem, desenvolveu uma linguagem que, ao leigo, se afigura hermética e de difícil entendimento. Do mesmo modo, o estudante de medicina se assusta de início com tantas palavras novas que deve aprender e cujo significado tem dificuldade de memorizar. Para facilitar o aprendizado da terminologia médica são úteis algumas noções sobre formação de palavras. Inicialmente é necessário ressaltar que os termos médicos são regularmente formados a partir de radicais, prefixos e sufixos gregos e latinos, com os seguintes objetivos: 1. Simplificação da linguagem. 2. Precisão do significado das palavras 3. Intercâmbio científico entre as nações com diferentes idiomas de cultura. O uso de radicais gregos e latinos, comuns a vários termos, permite expressar em poucas palavras fatos e conceitos que, de outro modo, demandariam locuções e frases extensas. Cada termo médico, tal como ocorre em outras áreas do conhecimento humano, caracteriza um objeto, indica uma ação ou representa a síntese de uma idéia ou de um fenômeno, a definição de um processo, contendo em si, muitas vezes, verdadeira holofrase, cujo sentido está implícito na própria palavra. Quando nos referimos, por exemplo, à colecistectomia laparoscópica enunciamos em duas palavras um procedimento complexo que, em linguagem descritiva seria: "operação para retirada da vesícula biliar por um processo que não necessita abrir a parede abdominal e que utiliza um equipamento de videolaparoscopia". Se quiséssemos explicar em que consiste o equipamento teríamos de escrever outro parágrafo ainda mais extenso. Vejamos outro exemplo: O mielograma acusou pancitopenia. Equivale a dizer "que o exame da medula