Argilas
As argilas, juntamente com a areia-base e a água constituem-se num dos três componentes básicos das areias de moldagem. Quando umedecidas, elas conferem às areias as propriedades coesivas necessárias à moldagem.
Em vista das variações de características aglomerantes observadas nos diversos tipos de argila e da importância do papel exercido pela argila na areia de moldagem, um estudo, ainda que sumário, dos tipos disponíveis para uso em fundição e não apenas justificado, mas altamente necessário.
Definições e conceitos gerais:
A Norma P-TS-4 da ABNT (1961) definia argila como “uma rocha, geralmente plástica, constituída essencialmente por silicatos de alumínio hidratados, denominados minerais de argila ou argilominerais, que pode conter sílica livre e outras impurezas”.
Outras definições concordam basicamente com essa. Algumas ressaltam o ponto de que uma argila pode ser constituída por um único argilomineral, mas normalmente contém diversos; outras, como a de Grim, evidenciam a característica lamelar da estrutura cristalina das argilas, chamando a atenção para a provável ligação entre a plasticidade das argilas e a forma lamelar de suas partículas.
As impurezas encontradas nas argilas variam em teor e espécie, segundo o tipo de argila e depósito, dependendo principalmente da gênese do depósito em questão e de sua localização e proximidade de fontes de impurezas. A principal impureza encontrada nas argilas é a sílica, que ocorre na forma de partículas de dimensões comparáveis às da própria argila. Outras impurezas comuns são os feldspatos, gipso, pirita, magnetita etc. Algumas argilas mostram contaminações de matéria orgânica proveniente de depósitos carbonáceos a elas superpostos.
As argilas são, geralmente, agrupadas para fins de classificação, segundo os argilominerais que predominam em sua constituição. Apenas dois (ou possivelmente três) dos diversos grupos existentes nas classificações mais completas apresentam interesse para uso como