argila como catalisadores
Argilas são estruturalmente aluminossilicatos em camadas alternadas de sílica tetraédrica e alumina octaédrica. Algumas mudanças na estrutura da argila, como a intercalação e a pilarização vêm sendo propostas para maximizar algumas de suas propriedades (acidez e atividade catalítica). As argilas intercaladas são aquelas que sofreram um processo de intercalação, ou seja, a troca de cátions originalmente presentes na região interlamelar por outras espécies catiônicas. Já as argilas pilarizadas sofreram um processo de pilarização, que consiste em trocar os cátions interlamelares por outras espécies e, em seguida, submetê-las à calcinação, para que sejam retirados o solvente e a água de hidratação.14,15 Na calcinação, os cátions trocados se portam como pilares (daí o nome "pilarizada") e os grupos funcionais formados na parte externa dos pilares ou ligação pilar-lamela conferem à estrutura um maior caráter ácido. Na fase da troca iônica, forma-se a argila intercalada onde a acidez de Brönsted se acentua em relação à argila original. Todavia, na fase da calcinação ocorre a desidroxilação dos íons intercalantes, formando, por exemplo, os pilares de Al2O3 com liberação de prótons. Durante a etapa de calcinação, a acidez de Brönsted praticamente desaparece e há um aumento da acidez de Lewis.17 A substituição de catalisadores ácidos homogêneos por argilas apresenta grandes vantagens, pois se tem um ganho na seletividade e no rendimento do produto, o que leva a uma facilidade no tratamento e disposição final do resíduo (Resolução CONAMA nº 001 de 1986), já que a argila é usada em pequena quantidade (catalisador) e tem a possibilidade de ser reaproveitada.
Além disso existem outras vantagens no ponto de vista ambiental, social e econômico para o uso industrial de argilas:
• disponibilidade no mercado nacional - As argilas brasileiras têm sido usadas em diversos processos e têm se mostrado tão ou mais eficientes que as argilas comerciais