arcos
Pode-se caracterizar arcos como resultado do sucessivo dobramento da viga de um pórtico, até a formação de uma concavidade de aspecto curvo voltada para dentro do vão, coberto pela estrutura. Nos pórticos, esse dobramento aumenta gradativamente os esforços de compressão e diminui os de flexão, sendo o arco uma estrutura hiperestática que funciona somente atendendo aos esforços de compressão, transmitindo-os peça a peça desde a aduela de topo a de nascença e enfim a peça estrutural que o sustenta (pilares ou fundação).
Figura 01- Aqueduto de San Lazaro – Segóvia - Espanha
A propriedade mais notável do arco é que as pedras que o compõem permanecem em equilíbrio devido somente às forças mútuas de contato, sem necessidade de argamassa para cimentá-las umas às outras. Cada pedra atua basicamente em compressão. A estrutura do arco canaliza a carga para a base, no sentido dos arcos construídos de pedra.
Figura 02- Arco feito de pedra.
Tradicionalmente, por funcionarem por compressão, os arcos foram e continuam sendo feitos com pedras, blocos de alvenaria e outros materiais similares, mas hoje são comuns arcos feitos de madeira, concreto e treliçados de metal por exemplo.
Figura 03- Arco treliçado de metal
Já utilizado pelos egípcios, babilônicos, gregos e assírios em construções subterrâneas, e pelos chineses em pontes, principalmente, é mérito dos romanos a aplicação do arco para se vencer grandes vãos. Associaram-os lado a lado nos aquedutos, os empilharam nos coliseus e hipódromos dando a essa estrutura diversas novas funções. Desde aquela época o arco nunca mais deixou de ser utilizado: nos castelos e igrejas na idade média, na retomada da cultura clássica no renascimento, no gótico, quando se difundiu o arco apontado (já utilizado antes pelos assírios), e depois da revolução industrial, associado a novos materiais (pontes de ferro-gusa, abóbadas de estufas e estações ferroviárias, etc) novamente