ARARUTA E A RELAÇÃO COM A DOENÇA CELÍACA

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ARARUTA E A RELAÇÃO COM A DOENÇA CELÍACA

1. ARARUTA – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
A araruta (Maranta arundinacea) produz um tubérculo rico em amido de boa digestibilidade, que não contém glúten e se encontra quase extinto no Brasil. é uma planta nativa das regiões tropicais das Américas, pertence à família Marantácea (Calanthea e
Maranta), grupo das Zingiberales, que produz um tubérculo rico em amido (fécula ou goma) de boa qualidade. fécula é recomendada para pessoas, sobretudo, convalescentes ou com debilidade orgânica e crianças de 6 a 8 meses, por ser um alimento de boa digestibilidade, restaurador de energia e não conter glúten, sendo uma excelente alternativa para os consumidores alérgicos ao glúten (celíacos). Pode ser usada pelas indústrias alimentícias e no preparo de vários pratos como biscoitos, bolos, cremes, doces, mingaus, manjá, sopas, como constituinte de chocolate e outros confeitos finos. (SILVEIRA et al, 2013)
Segundo os mesmos autores o glúten é uma proteína comum em cereais como trigo, cevada e centeio, que causa alergia em pessoas portadoras da doença celíaca (são cerca de
500.000 somente no Brasil). Esse nicho de mercado é composto por consumidores que, por questão de saúde, não podem ingerir alimentos que contenham glúten. Em estudo realizado por uma empresa que fornece amido para a indústria, foi descoberto que o amido da araruta é naturalmente modificado, e serve à indústria, sem necessidade de mais máquinas poluentes para a modificação, como é feito em outros amidos como o da mandioca, fortalecendo as possibilidades de mercado.
A araruta é uma planta originária das regiões tropicais da América do Sul. Estudos arqueológicos mostram evidências do cultivo de araruta nas Américas há, pelo menos, 7 000 anos. Encontra-se em processo de extinção devido ao fato de a indústria alimentícia ter substituído o polvilho de araruta pelo de mandioca ou pela farinha de trigo ou milho, prejudicando, assim, o cultivo daquela planta.

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