AQUISIÇÕES COGNITIVAS E BIOLÓGICAS DA SEGUNDA INFÂNCIA
Em muitas partes do mundo moderno, a lei exige que as crianças freqüentem a escola dos 6 aos 16 anos. Durante nove ou mais meses do ano, cinco ou seis dias por semana, elas passam entre cinco e sete horas ouvindo os professores, respondendo perguntas, lendo livros, escrevendo redações, resolvendo problemas de aritmética nos cadernos de lição, fazendo provas e, em geral, sendo educadas. Antes de assumirem seus lugares como trabalhadores adultos, a maior parte dos jovens americanos terão passado mais de 15.000 horas em salas de aula, e, em alguns países, a quantidade de tempo que as crianças passam na escola é ainda maior. Por isso, não surpreende que o contexto da escola desempenhe um papel fundamental na definição das características das crianças na segunda infância e na moldagem de suas vidas posteriores. Para determinar as influências específicas que o ensino tem sobre o desenvolvimento das crianças, precisamos lidar com uma série de questões, como: Qual é a natureza da escola como um contexto para o desenvolvimento das crianças, e sob que condições históricas surge a escola? Como o ensino na escola difere da aprendizagem em outros contextos? Como o ensino influencia o desenvolvimento cognitivo? Que habilidades especiais o ensino requer, e que fatores são responsáveis pelo sucesso na escola? As respostas a essas perguntas têm um significado de longo alcance nas sociedades modernas. As crianças que não conseguem sucesso na escola ou que saem da escola podem, como adultos, serem confinadas a trabalhos menos interessantes, menos seguros e menos bem pagos do que as crianças que correspondem às expectativas da sociedade, terminando o ensino médio e níveis mais elevados de educação. Apesar da ênfase que a sociedade coloca na educação, muitos milhões de jovens nos Estados Unidos não obtêm sucesso na escola. Na opinião dos formuladores de políticas, os baixos níveis de alfabetização e habilidades