Considerações sobre o desenvolvimento humano – fases do desenvolvimento
Tanto a hereditariedade como o ambiente modelam o indivíduo. A relação entre hereditariedade e ambiente é uma relação de interação. A maneira mais simples de compreender essa interação é pensar nos dois como multiplicadores. Hereditariedade multiplicada pelo ambiente produz o indivíduo, tanto física como psicologicamente. Tanto a hereditariedade quanto o ambiente estabelecem limites para o desenvolvimento das capacidades humanas.
Hereditariedade se refere a ação dos genes* contidos nas células germinativas (espermatozóide e óvulo) e sua determinação se dá no momento da concepção. Os mecanismos de hereditariedade, isto é, os métodos pelos quais a hereditariedade é transmitida a uma pessoa, começam na concepção. Óvulo e espermatozóide se fundem numa célula que contém o material genético dos pais para o novo indivíduo. O número de cromossomos na espécie humana é de 23 pares. Os genes (as partes desses cromossomos que determinam a hereditariedade) trabalham aos pares, onde cada um vem de um dos pais. Quando os 2 genes são iguais, o resultado genético é certo. Quando os genes de cada um não são idênticos, as coisas se tornam mais complexas. Usualmente, um membro do par é dominante em relação ao outro. No caso da cor dos olhos, os genes de olhos castanhos são dominantes. No entanto, a cor dos olhos é um traço simples, controlado por um par de genes. Outros traços físicos, assim como a maioria dos traços psicológicos que são herdáveis, freqüentemente incluem mais do que um par de genes. Quando isso ocorre, temos a determinação poligênica de um traço. Traço é qualquer característica especificada do organismo. Quando os traços são poligênicos torna-se difícil representar as regras genéticas. A combinação de genes que o indivíduo recebe de seus pais é uma questão de acaso. Como o número de genes é muito grande,