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Segundo o economista e professor da Harvard Business School, o principal foco de uma corporação deve ser a estratégia. Sobrepor o crescimento a ela é um erro que muitas organizações insistem em cometer
Por Wagner Belmonte
As empresas devem competir para ser únicas e não para tentar ser as melhores. A recomendação é de Michael Porter, especialista e autor de conceituados livros sobre estratégia. Ele diz que para alcançar esse objetivo é fundamental que as companhias deixem de lado aspirações usuais, como a de ser a número um, numa busca incessante (e às vezes nefasta por liderança) ou a de internacionalizar produtos, por exemplo. “Não estou dizendo que crescimento não é importante, porém, nem sempre altos níveis de crescimento significam lucros”, esclarece. Para ele, o RH de uma empresa é a essência da corporação, mas “é importante personalizar a política de recursos humanos e adequá-la à estratégia”. Por personalização, Porter quer dizer algo que o mercado sabe, mas raramente pratica: as políticas de gestão de pessoas devem ser pensadas caso a caso, customizadas de acordo com o perfil, a vocação, o planejamento e a estratégia das empresas. Para isso, o líder precisa ser um estrategista que saiba dividir com toda a corporação a estratégia. “Não é porque você simplesmente colocou uma estratégia no papel que deve achar que todos vão segui-la. É muito importante debatê-la, aperfeiçoá-la”, explica. “Os benefícios são maiores quando ela é amplamente divulgada por toda a organização”, complementa.
Responsabilidade – Porter escreve livros e artigos sobre um tema que, segundo ele, ganhará cada vez mais importância no mundo corporativo global: a responsabilidade social, algo que muitas organizações ainda vêem exclusivamente como oportunidade de marketing institucional, o que é um erro grave. O primeiro artigo dele sobre o assunto foi publicado em 1999 e o mais recente acabou eleito por