Aproveitamento de biodiesel QUIMICA
Energia limpa e renovável
A fabricação de biodiesel a partir de óleos e gorduras residuais (OGR) é sustentável e transforma esses passivos ambientais - que poluem as águas, geram entupimento nas redes de esgoto e gastos com manutenção -, em energia limpa e renovável. Nesse sentido, o Seminário vai dialogar com a sociedade sobre o aproveitamento de resíduos para promover as tecnologias existentes e ampliar seus usos, além do papel das OGR na diversificação de matérias-primas do biodiesel brasileiro.
Até 2012, o óleo de fritura ainda não possuía uma representatividade na cadeia produtiva do biodiesel, mas em 2013 passou a responder por 1% da produção. No cenário da mistura obrigatória vigente desde 2010 - 5% biodiesel adicionado ao diesel fóssil (B5) -, esse percentual corresponde a cerca de 30 milhões de litros. De acordo com a Caesb, são gastos cerca de R$ 500 mil todos os anos apenas para filtrar o óleo doméstico que é descartado no ralo depois do preparo de, por exemplo, uma porção de batatas fritas.
Donizete Tokarski, diretor da Ubrabio, destaca que o Brasil reaproveita apenas 2% do óleo de fritura, uma proporção inversa ao reuso das latinhas de alumínio, que alcança 98% encaminhadas para a reciclagem. "Com o envolvimento da sociedade é possível avançar muito, eliminar um passivo ambiental e ao mesmo tempo produzir energia limpa", declarou o diretor.
O processo produtivo do biodiesel, que é um combustível gerado a partir de fontes vegetais, tem como um dos materiais resultantes a glicerina. O produto é impuro e, por isso, apresenta baixo valor de mercado. Com os estudos, o que se pretende é transformar a glicerina resultante do processo de fabricação de biodiesel em um produto mais lucrativo e com maior utilização. Isso deve ser feito com a transformação do material em um ácido, que possui grande aplicação na própria indústria petroquímica para a produção de plásticos.
O Biodiesel surgiu mundialmente como uma alternativa